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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

COMISSÃO DA VERDADE VOLTA AO ARAGUAIA PARA OUVIR RELATOS DE CAMPONESES


Desde sua criação, em maio deste ano, esta é a terceira vez que a CNV vai ao Pará.

A Comissão Nacional da Verdade chega ao Araguaia na próxima, sexta-feira, 16, para realizar uma série de atividades ligadas ao grupo de trabalho que investiga casos de violações de Direitos Humanos cometidos contra indígenas e camponeses durante o período da ditadura militar. Os membros da CNV Cláudio Fonteles e Maria Rita Kehl, acompanhados dos assessores Pedro Pontual e Guaracy Mingardi e dos especialistas na temática indígena Inimá Ferreira Simões e Wilkie Buzatti Antunes, visitarão no dia 16 a terra indígena Sororó, região de forte atuação da guerrilha do Araguaia no final dos anos 60 e durante e década de 70. 

Em pauta está a Comissão da Verdade Suruí, recentemente criada por indígenas da etnia Aikewara, também conhecidos como Suruís do Pará, para investigar casos de tortura, morte e desaparecimento de índios durante o período da repressão militar.
 
No sábado, 17, a Comissão realizará, a partir das 15h, uma audiência pública na Câmara Municipal de Marabá para ouvir relatos de camponeses que sofreram repressão e perseguição do regime. Essa é a primeira vez que a Comissão Nacional da Verdade faz uma audiência pública em cidade que não é capital de estado. O evento será realizado em parceria com o Comitê Paraense de Verdade, Memória e Justiça, que investiga casos de violações cometidas no estado do Pará. Desde sua criação, em maio deste ano, esta é a terceira vez que a CNV vai ao Pará. Em outras ocasiões a Comissão esteve em Belém e na região do Araguaia, colhendo depoimentos de pessoas que sofreram com a repressão da ditadura na região.

A audiência do próximo dia 17 será a segunda realizada no Estado, e a oitava realizada pela Comissão da Verdade em território nacional. Dando continuidade aos trabalhos no Araguaia, no dia 18 a CNV irá ouvir depoimentos de três ex-soldados que atuaram na repressão a militantes de esquerda e de pessoas contrárias ao regime da região de Sororó. Esses depoimentos podem ajudar a esclarecer como funcionava a organização militar, quais eram as estruturas e quais ordens eram enviadas a essa parte do Brasil durante a época de repressão.

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