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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

JUSTIÇA CONDENA PROPRIETÁRIOS RURAIS DE PARAGOMINAS A CINCO ANOS DE RECLUSÃO

 
José Luis Pedrini e Luis Otávio Rodrigues foram condenados por submeter trabalhadores a situação análoga a de escravos.

A Justiça Federal do Pará condenou esta semana a cinco anos de reclusão dois proprietários rurais de Paragominas por submeterem trabalhadores a condições semelhantes às do trabalho escravo. O regime de cumprimento das penas será o semiaberto. O processo mais recente foi aberto em 2007 a partir de denúncia do Ministério Público Federal (MPF) com base em informações levantadas pelo grupo especial de fiscalização móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em conjunto com a Polícia Federal (PF).

Em agosto de 2006, uma operação na fazenda Roseta, em Paragominas, resgatou 11 trabalhadores na propriedade de Luiz Otávio Rodrigues da Cunha. Segundo depoimentos prestados por testemunhas à Justiça Federal, os trabalhadores não tinham carteira assinada, recebiam menos de um salário mínimo, não recebiam equipamentos de proteção individual, moravam em barracos de madeira, bebiam água de rio, tinham descontados de sua remuneração dos valores dos alimentos que eram comprados pelo capataz, bem como de eventuais equipamentos que utilizavam na prestação do serviços.

A outra condenação foi decretada em processo iniciado em 2002, também a partir de ação do MPF. Em 1998, o MTE e a PF encontraram 30 trabalhadores em condições degradantes na fazenda Jaciara, de José Luiz Pedrini Moro, em Paragominas. A situação encontrada também foi de trabalhadores submetidos a condições degradantes de trabalho, habitação, alimentação, higiene e saúde. As sentenças, contra as quais ainda cabem recursos, foram decretadas pelo juiz federal Rubens Rollo D'Oliveira.

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