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sexta-feira, 26 de abril de 2013

JUIZ ELEITORAL AMEAÇADO DE MORTE




Magistrado estaria sofrendo pressão em processos de prefeitos de Ulianópolis e Dom Eliseu.

O juiz Manuel Antonio Macedo, titular da Comarca de Dom Eliseu e que também responde pela Comarca de Ulianópolis, deixou a região na quinta-feira, 18, depois de receber ameaças de morte. Ele viajou para Belém onde fez um relato de todo o ocorrido à Presidente do Tribunal de Justiça do Pará, Nadja Nascimento. O teor das ameaças não foi divulgado, porém, as informações dão conta de que as ameaças teriam origem em processos em tramitação na 84ª Zona Eleitoral que pedem a cassação do diploma dos prefeitos de Ulianópolis, Davi Resende Soares e de Dom Eliseu, Joaquim Nogueira Neto. Os processos estão no cartório aguardando sentença.

Na quinta-feira, 18, quando o juiz deixou a comarca às pressas, o prefeito de Ulianópolis, Davi Resende, que responde a vários processos, inclusive como mandante de homicídio, estava no cartório tentando ser recebido em audiência pelo magistrado.  Por outro lado, depois de uma discussão dentro do fórum, o juiz se declarou suspeito para atuar em todos os processos em que atua o advogado Adriano Silva, que moveu as ações pedindo a cassação do prefeito de Dom Eliseu, Joaquim Neto.

Diante da gravidade da situação, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará determinou a apuração urgente do caso e designou o juiz Manoel Carlos de Jesus Maria, para atuar nas duas comarcas. O desembargador Rômulo Nunes, que está acompanhando o caso, já acionou o serviço de segurança a magistrados do TJE do Pará. Em nota enviada ontem a esta coluna, a assessoria do Tribunal informou que o juiz Manoel Antonio Macedo pediu licença de suas atividades com autorização da administração superior. “Sobre as ameaças, esta instituição informa que já está ciente da situação do magistrado e está tomando providências para garantir a segurança do mesmo”.  Afirma a nota.

Em contato com a reportagem de O Liberal na tarde de ontem, o juiz Líbio Araújo Moura, vice-presidente da Associação dos Magistrados do Pará, Amepa, disse que a entidade está acompanhando as investigações. “A Amepa irá se posicionar de forma a cobrar a apuração das ameaças e a punição de possíveis culpados”, Disse Líbio.

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