SEMELHANÇA ENTRE DAVI RESENDE E O PALHAÇO TIRIRICA

Um usou a piada para se eleger deputado federal. O outro faz piada com a paciência da população de Ulianópolis. Um já fez a prova e provou ser alfabetizado. O outro depende do Ministro Marco Aurélio Mello para evitar o vexame.

O fazendeiro Davi Resende Soares, que durante anos alimentou, e se beneficiou com a fama de coronel, colhe agora o fruto de uma trajetória de vida pontilhada por um misto de individualismo, orgulho, esperteza, desonestidade e mania de grandeza. Todos esses adjetivos podem ser aplicados aos demais membros da numerosa família, incluído a esposa Suely Resende, (lobo vestido em pele de cordeiro) e a destemperada Marta Resende, que não teve competência nem mesmo para se matar.

Uma das marcas de Davi Resende, certamente é a teimosia, que já lhe trouxe muitos dissabores e é a responsável pela aventura suicida da candidatura a prefeito de Ulianópolis. Hoje, depois de se expor de todas as formas (todas as picaretagens dele e da família vieram a tona), o antes todo poderoso amarga dias de pura incerteza, sendo apontado como o inimigo público n. 01 da cidade.

Há quem diga que Davi Resende caiu em desgraça (e não tem macumbeiro que mude isso), depois que decidiu não mais usar marionetes na direção da prefeitura, a exemplo do que fez com Suely Resende (que só faz o que o marido manda), e com o inexpressivo Jonas Santos, hoje rotulado como ladrão pelo fazendeiro.

Hoje, passados quase seis meses da posse, Davi não consegue convencer como prefeito. (até mesmo os mais tímidos o chamam de corrupto).  Pra completar, o diploma falso, de técnico em contabilidade, usado por ele de forma estupida na tentativa de ludibriar a justiça eleitoral, começa a dar dores de cabeça que certamente poderiam ter sido evitadas.

Se não fosse a candidatura, até hoje a grande maioria da população não saberia que o mesmo é semianalfabeto, ou analfabeto funcional, como rotulou o promotor Maurim Vergulino.

Agora, Davi corre o risco de ir parar na cadeia antes mesmo do julgamento pela morte do marceneiro Silvério Lourencine. E por uma fraude que até então só servia para manter o seu Brevê de piloto e seu porte de arma. O destino do registro do fazendeiro, que se diz prefeito e ninguém acredita, está nas mãos do ministro do TSE, Marco Aurélio Mello.

O episódio faz lembrar a história do palhaço Tiririca, que teve que fazer uma prova para comprovar alfabetização depois de ser eleito o deputado federal mais votado do país. No caso de Tiririca, suas palhaçadas lhe renderam uma avalanche de votos, a maioria de protestos contra os políticos oportunistas de plantão.

Já a história de Davi Resende é diferente, uma vez que o mesmo virou piada depois de receber uma pífia votação na eleição de 2012, tendo se transformado, da noite pro dia, em um verdadeiro “bobo da corte”. Durante o período eleitoral, Davi Resende, teve seus momentos de Tiririca, divulgando uma falsa pesquisa (feita por ele e Suely), onde o mesmo aparecia com mais de 70% dos votos do eleitorado.

As urnas mostraram o contrário e o fazendeiro virou a piada da cidade. Hoje, cercado de incompetência e desconfiança, Davi ainda tenta aplicar algumas lorotas, mesmo sabendo que ele não engana mais nem mesmo a própria família.  A piada mais recente, dá conta de que o fazendeiro teria recebido uma promessa, da presidente Dilma em pessoa, de que ninguém tocaria no seu registro.

Trocando em miúdos, o antes todo poderoso está recebendo o troco por ter enganado, por anos seguidos, uma população que até pouco tempo o conhecia como homem trabalhador e “honesto”.  Nos dias atuais, a população de Ulianópolis tirou a venda dos olhos e passou a enxergar um sujeito desonesto, mentiroso, saqueador do dinheiro público e capaz de tudo por dinheiro.

Anteriormente, todos achavam que a gulosa cunhada do fazendeiro, Élida Xavier, era a ovelha negra da família e a única a roubar descaradamente o dinheiro do povo. Hoje, todos sabem que, na verdade, Élida é fichinha perto de Davi e Suely, que se disfarçam de defunto para faturar o coveiro. É como diz o samba do saudoso sambista Dicró: “Se gritar pega ladrão não fica um meu irmão”.