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quarta-feira, 10 de julho de 2013

JUIZ DECRETOU A PRISÃO DE FAZENDEIRO


Marlon Pidde é acusado de ser o mandante da tortura e morte de cinco trabalhadores rurais.

 
O juiz Edmar Silva Pereira, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, decretou a prisão preventiva do fazendeiro Marlon Lopes Pidde, acusado de ser o mandante da chacina de 5 trabalhadores rurais no município de Marabá, ocorrida no dia 27 de outubro de 1985. O crime ficou conhecido como chacina da Fazenda Princesa. O processo já tramita na justiça paraense há 28 anos, sendo que até hoje nenhum dos acusados foi levado ao banco dos réus.

De acordo com o advogado José Batista Afonso, coordenador da Comissão Pastoral da Terra de Marabá, a chacina da Fazenda Ubá teve grande repercussão em todo o Brasil, razão pela qual o julgamento dos acusados deve ser marcado o mais rápido possível pela justiça paraense. “Não resta dúvida de que ele queria um passaporte para fugir do país”, disse Batista. A prisão foi decretada depois que o Ministério Público tomou conhecimento de que o Fazendeiro Marlon Pidde encontrava-se na sede da Polícia Federal do Estado de São Paulo tentando tirar seu passaporte.

O acusado pretendia empreender fuga do Brasil e se furtar do julgamento que deverá ser marcado nos próximos meses. Atendendo ao Pedido do MP, o juiz decretou de imediato a prisão preventiva do fazendeiro. Marlon Pidde, acusado de ser o mandante do crime, passou 20 anos foragido. Foi preso pela Polícia Federal no final de 2006. Na época, estava residindo em São Paulo e usava nome falso. O fazendeiro passou apenas 4 anos e 8 meses preso. Em Agosto de 2011, o STJ mandou soltar Marlon alegando demora da Justiça Paraense em levá-lo a julgamento.

Logo após sua prisão, os advogados da CPT e da SPDDH (que atuam na assistência da acusação), em conjunto com o Ministério Público, ingressaram em junho de 2007, com Pedido de Desaforamento do julgamento para a comarca da Capital.  Em seguida, a defesa de Marlon interpôs os recursos Especial e Extraordinário contra a decisão do Tribunal que desaforou o julgamento para Belém. O caso ficou conhecido a nível nacional e internacional, em razão da crueldade usada pelos assassinos, chefiados por Marlon, para matar as vítimas.

Os cinco trabalhadores foram sequestrados em suas casas, amarrados, torturados durante dois dias e assassinados com vários tiros. Depois de mortos, os corpos foram presos uns aos outros com cordas e amarrados a pedras no fundo do rio Itacaiunas. Os corpos só foram localizados mais de uma semana após o crime. O caso foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, onde tramita um processo contra o Estado brasileiro. Até o final da tarde de ontem, a Polícia ainda não havia cumprido o Mandado de Prisão contra o fazendeiro.

2 comentários:

  1. SÓ NÃO DECRETA DO FAZENDEIRO DE ULIANÓPOLIS...EITA VAI ENTENDER!!!! ALGUÉM VIU ULIANOPOLIS?????????????

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  2. 28 anos? Olha so que lentidao da justica, imagine o caso do caso do Davi entao kkkkkk

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