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domingo, 18 de agosto de 2013

CENTRO DE ESTUDOS AMBIENTAIS JÁ RESGATOU MAIS DE 140 MIL PLANTAS NA REGIÃO DO XINGU


Viveiro conta com 2.790.000 unidades que compõem um banco de sementes para reprodução e estudos das características da vegetação local.

A empresa Norte Energia, responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte atingiu a marca, em julho deste ano, de 148.249 plantas da região do Xingu já resgatadas, com 46% delas devolvidas ao meio ambiente. Este é um dos resultados obtidos pela empresa que, atenta à importância de preservar espécies típicas da região amazônica e muitas vezes ameaçadas de extinção, desenvolve atividade constante de acompanhamento e proteção da flora na área de influência da Usina Belo Monte.

As atividades são realizadas desde junho de 2011 por profissionais no Centro de Estudos Ambientais da Norte Energia. Além de plantas adultas, o viveiro mantido pela empresa conta com 2.790.000 unidades que compõem um banco de sementes para reprodução e estudos das características da vegetação local. Este levantamento permite conhecer melhor o modo de vida das espécies e, assim, obter o melhor resultado em iniciativas de preservação.

A partir deste trabalho, a Norte Energia identificou, em 2012, durante monitoramento preventivo para as primeiras escavações do canal de derivação da usina, 11 indivíduos adultos de pau-cravo, espécie típica da Amazônia que corre risco de extinção. As árvores foram avaliadas, identificadas e removidas para transplante em áreas de proteção. Das 11 espécies transplantadas, 10 sobreviveram e estão em fase de frutificação, que antecede a etapa de coleta das sementes para reprodução da espécie, no Centro de Estudos Ambientais da Norte Energia.

A continuidade do projeto permitiu que outros 30 exemplares de pau-cravo fossem encontrados. Catalogados, eles agora estão sendo acompanhados em áreas adquiridas pela empresa. O superintendente do Meio Físico e Biótico da Norte Energia, Gilberto Veronese, considera o programa um forte aliado na recuperação e preservação ambiental do Xingu e destaca a importância do cuidado com essas espécies para as gerações futuras. “Esse trabalho permitiu encontrar uma espécie que se acreditava estar extinta há anos, isso para a sociedade acadêmica e para o meio ambiente da região, representa um avanço importantíssimo”, afirmou Varonese.

Após a identificação das plantas, a Norte Energia determinou aos seus colaboradores que todas as espécies encontradas nos canteiros de obras e adjacências sejam cadastradas e sua área imediatamente informada para o grupo de acompanhamento do Plano de Ação Nacional de Conservação das Espécies de Flora Ameaçadas de Extinção do Baixo e Alto Xingu (PAN). Esse Plano foi elaborado com participação da Norte Energia, reforçando a atuação de várias entidades brasileiras que atuam na conservação da flora na região, entre elas o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), que mantém parceria com a Norte Energia nos projetos de salvamento da flora e da implantação do banco de germoplasma.

Árvore típica da floresta amazônica, o Pau Cravo também é conhecido como cravo-do-maranhão, cravo-do-pará, cravo-do-mato e canela-cravo. Durante o período colonial, foi considerada uma concorrente à altura do cravo-da-índia e, por isso, muito explorada. De porte médio, alcança até 20 metros de altura e guarda aroma semelhante ao de rosas no caule. O tronco é amarelado e muito resistente, motivos pelos quais a espécie foi bastante usada na construção de casas e barcos.

 

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