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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DETENTOS FAZEM AGENTE REFÉM DURANTE MOTIM NO PRESÍDIO DE TUCURUÍ







Detentos do Centro de Recuperação Regional de Tucuruí (CRRT) se rebelaram na manhã de ontem para exigir melhorias na penitenciária. O motim começou por volta de 6h30, durante o café da manhã, quando nove presos, da cela 8, do bloco B, tomaram de refém um agente prisional do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). Eles exigem soluções imediatas para a questão da superlotação. Hoje, o Centro abriga 290 internos, mas foi construído para atender 120 presos.

A rebelião acontece menos de uma semana após o motim onde os detentos queimaram colchões para protestar contra a superlotação no local. No último dia 22, internos do regime semiaberto se queixaram da superlotação e da morosidade no julgamento dos processos.

Construído para receber 40 presos, o Centro já abriga 75 detentos no regime semiaberto e tem sido constantemente palco de protestos. Conforme os amotinados as condições do local são sub-humanas e os constantes motins são para exigir melhorias nas condições do presídio. Eles exigem ainda a redução e adequação do número de detentos do Centro que deveria conter 120 internos.

Às 11h, a juíza da Comarca de Tucuruí, Cíntia Beltrão, e o Promotor de Justiça, Charles Teixeira, chegaram ao Centro, acompanhados de 14 militares do Grupamento Tático da PM e mais 10 Policias Militares. Eles ouviram as reclamações e as denúncias dos presos e anotaram as demandas dos rebelados. Com a chegada da Juíza e do Promotor de Justiça o refém foi liberado.

Por volta das 11h30, a Polícia Militar conseguiu entrar no prédio para intermediar a liberação do refém e encerrar a rebelião. À frente da operação, o Grupo de Operações Especiais da PM, comandado pelos comandantes da 15ª Zpol, Capitão Jonildo, e da IV Regional Coronel Barata.

Conforme informou o Coronel, os rebelados exigem rapidez no desenrolar dos processos, já que existem casos de presos que já cumpriram suas penas bem como a reversão de penas para regime semiaberto e aberto. Familiares que aguardavam notícias às portas do Centro de Recuperação dizem que a situação no local é caótica e não há condições de ninguém se recuperar num lugar que serve de “depósito de gente”. Eles denunciam que há falta constante de alimentação, falta água potável e muitas vezes os detentos são obrigados a pagar “taxa” para poderem beber água gelada.

O superintendente do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), Tenente Coronel André Moura, falou com os detentos por volta das 13h e constatou algumas irregularidades denunciadas por detentos e familiares. Assim como o não cumprimento do acordo celebrado na última manifestação. O superintendente ouviu ainda dos detentos a exigência da troca imediata da direção do Centro de recuperação.

Em menos de um ano, esta é a terceira rebelião que acontece no Centro de Recuperação Regional de Tucuruí (CRRT). Em maio do ano passado, cerca de 150 detentos do Centro se rebelaram para exigir melhorias na penitenciária. O último aconteceu na última quarta-feira (22). Os motivos são sempre os mesmos detentos exigem soluções imediatas para a questão da superlotação. São 290 presos em um local construído para atender 120 presos.

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