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terça-feira, 15 de abril de 2014

PREFEITO ACUSADO DE COMPRAR VOTOS DE ÍNDIOS EM JACAREACANGA

Raulien Queiros teria doado dinheiro, telhas e combustível em troca de votos.

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará, TRE-PA, recebeu esta semana um recurso protocolado por Raimundo Rosivaldo Ferreira, pedindo a cassação do diploma do prefeito de Jacareacanga, Raulien Queirós, e de seu vice, Roberto Crixi, acusados da prática de captação de sufrágio, (compra de votos), nas eleições municipais de 2012. A relatora do recurso é a juíza Ezilda Pastana Mutran e a revisora a juíza Eva do Amaral Coelho. Consta no Recurso que prefeito e vice teriam incorrido em crime de compra de votos de índios de aldeias da região.

De acordo com o recorrente, o índio Reginaldo Puxu Munduruku, recebeu a oferta de R$ 300 reais para votar no candidato Raulien Queirós. Outro índio, Antonio Saw, teria recebido cinco sacos de cimento e telhas Brasilit para votar em Raulien. O recorrente também alega que para convencer os índios a votar no atual prefeito, o cacique da aldeia, Fernando Crixi, recebeu cem litros de gasolina da prefeitura municipal. O combustível teria sido dividido entre nove comunitários da aldeia em troca de apoio político. O Ministério público se manifestou pela cassação do diploma do prefeito e do vice e que seja decretada a inelegibilidade dos mesmos pelo prazo de oito anos. 

Em primeira instância, por motivo de foro íntimo, o juiz se julgou suspeito para atuar no feito, sendo o processo distribuído para o juiz Glaucio Assad, da comarca de Rurópolis, que julgou a ação improcedente.  “Tenho consciência que sou um ser humano antes de um magistrado e como tal estou sujeito a erros e acertos”. Disse o juiz na decisão. Inconformado, o candidato recorreu da decisão e também representou contra o juiz na corregedoria do TRE, pelo fato do mesmo ter retardado, injustificadamente, por mais de 40 dias, a elaboração da sentença. “Já ingressamos na justiça com o pedido de suspeição do juiz”. Disse o candidato Raimundo Rosivaldo a reportagem de O Liberal. O Recurso, que já foi encaminhado ao procurador eleitoral Alan Mansur, deverá entrar na pauta de votação no início de maio.     

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