EXCELÊNCIA EM QUALIDADE

EXCELÊNCIA EM QUALIDADE

domingo, 22 de junho de 2014

SANTARÉM, A PÉROLA DO TAPAJÓS, COMPLETA 353 ANOS DE EMANCIPAÇÃO

Município é o terceiro mais populoso do estado, atrás somente da capital, Belém e de Ananindeua.
 
 

Um dos municípios mais belos do Pará, Santarém, no Oeste do Estado, completa hoje 353 anos de história. Santarém é o terceiro mais populoso do estado, atrás somente da capital, Belém e de Ananindeua, e o principal centro urbano, financeiro, comercial e cultural do oeste do estado. É sede da Região Metropolitana de Santarém, o segundo maior aglomerado urbano do Pará. Pertence à mesorregião do Baixo Amazonas e a microrregião de mesmo nome. Situa-se na confluência dos rios Tapajós e Amazonas. Localizada a cerca de 800 km das metrópoles da Amazônia (Manaus e Belém), ficou conhecida poeticamente como "Pérola do Tapajós".

Em 2012 sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 299 419 habitantes, sendo então o terceiro mais populoso município paraense, o sétimo mais populoso da Região Norte e o 83º mais populoso município do Brasil.5 Ocupa uma área de 22 887,080 km², sendo que 77 km² estão em perímetro urbano.

Fundada em 22 de julho de 1661, é uma das cidades mais antigas da região da Amazônia. Em 1758 foi elevada a categoria de vila e quase um século depois em consequência de seu notável desenvolvimento foi elevada a categoria de cidade em 1948. Está incluída no plano das cidades históricas do Brasil, sendo uma das mais antigas e culturalmente significativas cidades do Pará.

Por causa das águas cristalinas do Rio Tapajós, conta com mais de 100 quilômetros de praias que mais se parecem com o mar. É o caso de Alter do Chão, conhecida como "Caribe Brasileiro" e escolhida pelo jornal inglês The Guardian como uma das praias mais bonitas do Brasil e a praia de água doce mais bonita do mundo. Lá é o palco de uma das maiores manifestações folclóricas da região, o Sairé, que atrai turistas do mundo todo.9 Segundo dados de 2010, ostenta um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 2 051 529 000,007, sendo o sétimo município com maior PIB do estado.

NOME TEM ORIGEM NA COLONIZAÇÃO DE CIDADE PORTUGUESA

O nome "Santarém" é uma homenagem dada pelos colonizadores lusos á cidade portuguesa homônima, famosa por suas regiões vinícolas. O termo "Santarém" originalmente remete a uma espécie de uva trincadeira de formato oval. Outra tradição afirma que o nome Santarém deriva do nome de Santa Irene, mártir cristã de Portugal Visigodo.

Dez anos após a fundação de Belém, Pedro Teixeira junto a Frei Cristóvão, 26 soldados e numerosos índios exploravam o Rio Amazonas, quando se depararam com a aldeia de Tupuliçus na foz do Rio Tapajós e atracaram ali. A expedição foi bem sucedida, pois os índios que ali viviam já haviam entrado em contato com os colonizadores, principalmente espanhóis que passaram por ali gerando boas relações que mantiveram em proveito da nova povoação, que dali surgiria.

Santarém foi fundada então pelo Padre João Felipe Bettendorff em 22 de junho de 1661 sob o nome de "Aldeia dos Tapajós". Logo ao chegar, o fundador construiu a primeira capela de Nossa Senhora da Conceição.

Posteriormente, Pedro Teixeira explorou o Rio Tapajós e então coube aos jesuítas a fundação de uma aldeia com fins missionários, no lugar onde o padre Antônio Vieira esteve no primeiro semestre de 1659. A partir do desenvolvimento dessa aldeia originaram-se outras povoaçães como as de São José dos Matapus em 1922 (hoje conhecida como Pinhel), Tupinambarana ou Santo Inácio em 1737 (hoje conhecida como Boim) e Borari em 1738 (hoje conhecida como Alter-do-Chão).

Com o progresso das missões, Francisco da Mota Falcão iniciou, a construção de uma fortaleza, a qual foi terminada por seu filho, Manoel Mota Siqueira em 1697. Essa fortaleza tinha a forma quadrada, com baluartes nos ângulos, foi o núcleo da vila que deu origem a cidade de Santarém. Em 1762, estando em ruínas, a fortaleza foi reconstruída, passando daí por diversos reparos, porém hoje nada mais existe. A Aldeia dos Tapajós foi elevada à categoria de vila em 14 de março de 1758 pelo governador da província do Grão Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, recebendo então o nome de Santarém em homenagem a cidade portuguesa de mesmo nome. Santarém foi elevada à categoria de cidade, em 24 de outubro de 1948 em consequência de seu notável desenvolvimento.

CATÓLICISMO É PREDOMINANTE ENTRE OS MORADORES DE SANTARÉM

Embora tenha sido fundada como uma cidade católica e a maioria de seus habitantes seja católica, Santarém possui uma variedade de religiões sem haver conflito religioso. É possível encontrar atualmente na cidade várias denominações protestantes diferentes, além da prática do judaísmo, espiritísmo e budismo. De acordo com dados de 2000 do IBGE, a população de Santarém está composta por: católicos (77,20 %); protestantes (17,29 %); pessoas sem religião (3,00 %); espíritas (0,10 %); budistas (0,04 %); judeus (0,01 %).15

O transporte aéreo é realizado através de voos diários por aeronaves de diferentes dimensões. Aeronaves a jato de grande porte levam aproximadamente uma hora de viagem até as cidades de Belém e Manaus, se estendendo, a partir das mesmas, para outras regiões do país (nordeste, centro-oeste, sul, sudeste) e exterior.

Por via terrestre o acesso até a Capital do Estado é possível através da BR-163 (Rodovia Federal Santarém-Cuiabá), ligando Santarém ao município de Rurópolis, com 229 km de estrada, cruzando a partir daí a BR-230 (Rodovia Transamazônica), percorrendo 90 km até o município de Placas, passando por diversos municípios (Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, Altamira, Belo Monte, Anapú, Pacajá, Novo Repartimento) até chegar em Tucuruí via BR-422, em seguida percorre os municípios de Breu Branco, Goianésia, Tailândia, Moju, Abaetetuba, Barcarena, Ananindeua, para finalmente alcançar a BR-316, e a cidade de Belém, através de linhas regulares de ônibus.

A modalidade hidroviária é o mais importante meio de locomoção de passageiros e transporte de cargas devido à existência dos vários rios que formam a rede hidrográfica (Amazonas, Tapajós, Arapiuns, Curuá-Una, Moju e Mojuí) e desempenha importante papel na economia local. Embarcações de médio porte fazem a navegação fluvial para as cidades de Belém (Pará), Manaus e Macapá. As embarcações de grande porte fazem a navegação de longo curso. De Santarém para a capital do Estado, via fluvial, são 880 quilômetros de distância e para Manaus são 756 quilômetros.

O transporte fluvial na cidade é muito comum e a infra-estrutura portuária é constituída por portos de grande movimento. O Porto de Santarém é um porto fluvial de jurisdição federal administrado pela Companhia Docas do Pará. Juntamente ao Porto de Belém são os mais próximos dos Estados Unidos. Possui capacidade de receber navios de grande porte, permite a atracação de navios de até 10 metros de calado no período da estiagem e de até 16 metros de calado no período de cheia dos rios. Tem uma extensão acostável no total de 520 metros e 380 metros no píer.16

O porto da Cargill é um porto graneleiro de jurisdição privada localizada na área da Companhia Docas do Pará. O terminal escoa soja para o exterior e tem capacidade para armazenar 60 mil toneladas de soja, o que corresponde a um navio que transporta 55 mil toneladas de soja. Há também portos improvisados de jurisdição municipal, como o porto localizado na Praça Tiradentes onde atracam embarcações de médio e pequeno porte. Atualmente a prefeitura está construindo um novo terminal hidroviário, o que quando inaugurado substituirá o porto improvisado da Praça Tiradentes que encontra-se em condições precárias.

INDUSTRIAS DE BENEFICIAMENTO E AGROPECUÁRIA MOVIMENTAM A ECONOMIA DE SANTARÉM

Atualmente a economia de Santarém está assentada nos setores de comércio e serviços, no ecoturismo, nas indústrias de beneficiamento (madeira, movelarias, olarias, panificadoras, agroindústrias, beneficiamento de peixe etc.) e no setor agropecuário, que segundo o IDESP, na sua pesquisa sobre o Produto Interno Bruto dos municípios em 2008, destacou-se como maior produtor de arroz e soja do estado do Pará e como terceiro maior produtor de mandioca do estado e o quarto do Brasil.

O setor agropecuário se destaca na economia de Santarém, e é representado pelas atividades pesqueiras, pela pecuária de corte e leiteira, agricultura, pela avicultura, extrativismo etc. No entanto, segundo o CEAMA, Santarém compra semanalmente 120 toneladas de alimentos de outros mercados produtores. Atualmente a agricultura familiar é o seguimento responsável pelo abastecimento de parte considerável dos produtos que chegam à mesa dos consumidores, considerando, por isso, de grande relevância para Santarém.

As principais culturas cultivadas pela agricultura familiar são, verduras e legumes, as culturas do milho, mandioca, arroz, feijão, coco, banana, café, laranja, limão, maracujá, melancia, fibra de curauá, pimenta do reino, tomate, tangerina, urucu, polpas de frutas, produção de açaí e castanha do Pará. Destacam-se ainda os produtos medicinais e aqueles voltados para a indústria de cosméticos, cumarú, óleo de copaíba, andiroba, mel de abelhas, leite de Amapá, sucuba, jenipapo etc.

O setor secundário é representado pelas chamadas indústrias leves, de pequeno porte, que utilizam processos semi-indústrias, limitando-se ao beneficiamento de alguns produtos primários e extrativos, tais como processamento de madeira, moveleiras, beneficiamento de látex, usinas de beneficiamento de arroz e de castanha, casas de farinha, indústrias de beneficiamento de pescado, produção de alimentos (panificadoras, torrefações, fábrica de refrigerantes), fábricas de gelo e sabão, agroindústrias, pequenas unidades artesanais que trabalham com madeira, barro, couro e fibra, marcenarias, indústrias de cerâmica (tijolo, telha etc.), material impresso, vestuário e confecções. Em 2008 a participação do setor industrial no Produto Interno Bruto de Santarém foi de 14%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário