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terça-feira, 31 de março de 2015

PICADA DE ESCORPIÃO MATA CRIANÇA DE 2 ANOS EM CHAVES, NO MARAJÓ



O Ministério Público apura as circunstâncias que levaram à morte de um menino de 2 anos de idade após ele ter sido picado por um escorpião e não receber atendimento médico no município de Chaves, na ilha do Marajó. Segundo a Promotoria de Justiça, o garoto teria sido picado no último sábado (28) na vila de Mexiana e foi levado para Chaves - uma viagem que dura 4 horas  mas, ao chegar no município, não havia plantonista no hospital. O G1 entrou em contato com a prefeitura de Chaves, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.

O delegado João Amaral, da delegacia de Chaves, abriu inquérito policial e está em Macapá aguardando a chegada do corpo da criança, que foi exumado e esta sendo transportado de barco para ser periciado no Instituto Médico Legal (IML) do Amapá, já que o deslocamento entre os municípios é maios curto do que a viagem entre Chaves e Belém.

Segundo informações da promotora responsável pelo caso, Ana Maria Magalhães, a criança teve episódios de vômito antes de ser levada para o hospital, onde chegou por volta de meia-noite. A enfermeira teria entrado em contato com o médico de plantão, que orientou a família a retornar para o hospital durante a manhã do domingo (29).

Por volta de meio dia de domingo, quando o médico chegou ao hospital, ele aplicou um soro contra veneno na criança que, segundo o pai, estava estável. Após a aplicação do soro, o pai contou que o quadro do menino se agravou. Meia hora depois da reação da criança, um helicóptero de emergência foi acionado para transportar a vítima para Belém, mas o menino morreu antes da remoção.

Segundo a promotoria, a médica do helicóptero teria informado aos familiares que dificilmente ele resistiria a viagem, e que o soro contra o veneno deve ser aplicado no máximo 6 horas após a picada.
De acordo com a Promotoria, será apurada se houve omissão de socorro e erro médico. ”Qualquer que seja a acusação, a pergunta é porque esse médico deixou o caso e foi embora? Ou porque ele não estava na hora do plantão no hospital? Será que essa criança não poderia ter sobrevivido?”, questiona a promotora Ana Maria.A polícia afirma que o médico, a equipe do plantão que estava no dia do ocorrido e a família ainda serão ouvidos.

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