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terça-feira, 9 de agosto de 2016

JORNALISTA ACUSA PASTOR MASCOS FELICIANO POR TENTATIVA DE ESTUPRO, ASSÉDIO, AGRESSÃO E CÁRCERE PRIVADO



O chefe de gabinete do deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP) foi preso nesta sexta-feira 5, após manter em cárcere privado uma jovem de 22 anos que acusa o parlamentar de assédio sexual, tentativa de estupro e agressão. Talma Bauer é acusado de sequestro qualificado, além de coagir a vítima a gravar vídeos em que negava as acusações contra Feliciano. 
Em depoimento à Polícia Civil de São Paulo, Patrícia Lelis, ex-militante da juventude do PSC, afirmou que Feliciano a atraiu para seu apartamento funcional, em 15 de junho, e tentou abusá-la. "Ele tentou levantar meu vestido e tirar minha blusa. Como eu não deixei, ele me deu um soco na boca e um chute na perna”, afirmou aos investigadores, segundo o relato do jornal O Estado de S.Paulo
A jovem teria escapado após uma vizinha ouvir seus gritos e tocar a campainha para saber se estava tudo bem. Ainda de acordo com o relato da jovem, a agressão foi relatada à cúpula do PSC no dia seguinte. Ela recebeu, porém, uma oferta de suborno em troca de seu silêncio. A proposta teria sido feita pelo presidente nacional do partido, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência da República em 2014. 
Desde então, Patrícia passou a ser perseguida e assediada por Bauer. Ela chegou a gravar, em Brasília, uma conversa com o chefe de gabinete de Feliciano, na qual acusa o parlamentar de assédio sexual e agressão. O áudio foi revelado, no início da semana, pelo jornalista Leandro Mazzini, do blog Coluna Esplanada, abrigado no portal UOL
Em entrevista coletiva, o delegado responsável pelo caso, Luiz Roberto Hellmeister, do 3º. DP de São Paulo, confirmou que Bauer atuava para proteger Feliciano. "Ela disse que foi chamada por ele e teria que gravar vídeos, para jogar nas redes sociais, dizendo que nada do que ela havia dito anteriormente sobre o deputado tinha ocorrido". 
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora da Mulher no Senado Federal, encaminhou, na quarta-feira 3, um ofício ao Ministério Público do Distrito Federal, no qual solicita uma investigação sobre os crimes atribuídos ao deputado. 
“A denúncia é mais um caso de assédio sexual, praticado por figura tida como zelador de direitos e garantias individuais, e mais uma demonstração do cenário machista que compõe nosso parlamento e sociedade. O grave relato da estudante que foi pressionada a sair de Brasília evitando um escândalo precisa ser investigado e a culpa atribuída ao autor do fato”, escreveu a parlamentar.

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