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terça-feira, 9 de agosto de 2016

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ NEGA PRISÃO DOMICILIAR A HOMEM QUE MATOU A ESPOSA E A SOGRA EM ITAITUBA

Adevir Regelim, o "Catarino do Arroz" matou as duas mulheres porque não aceitou o divórcio.


A desembargadora Vania Fortes Bitar negou ontem prisão domiciliar de 90 dias para tratamento de saúde ao réu Adevir Regelim, conhecido como "Catarino do Arroz" da Comarca de Itaituba. Ele é acusado do homicídio da companheira e da sogra, em 24 de maio de 2013, supostamente por não ter aceitado o divórcio.
 

A defesa sustentou que o réu precisa fazer uma cirurgia e que o estabelecimento prisional não oferecia condições para a recuperação do réu. Tal argumentação, no entanto, não foi acolhida pela relatora do habeas corpus. A desembargadora explicou que a juiz de primeiro grau visitou o estabelecimento e recebeu informações de que há condições de atender o réu no local, em ala específica para recuperação, com flexibilização de horários para atendimento médico. O voto foi acompanhado à unanimidade.
 
As Câmaras negaram ainda liberdade provisória para Juarez de Oliveira Souza, flagrado em Santarém com uma S10, na BR 163, que havia sido roubada em Manaus. O réu alegou ter comprado o carro de um terceiro e que possuía recibo de compra e venda, mas permanecerá preso preventivamente até o fim da instrução penal, conforme voto do desembargador Leonam Gondim, que não vislumbrou falta de fundamentação para o decreto da prisão preventiva.
 
O CRIME - O duplo homicídio ocorreu no último dia 20, no distrito de Moraes Almeida, distante 300 quilômetros do centro de Itaituba. As suspeitas são de que o crime teria tido motivação passional. O acusado fugiu do local. O carro dele foi localizado e apreendido horas depois, por policiais civis da região. Um pedido de prisão temporária foi requerido pelo delegado José Bezerra, de Itaituba.
 
Segundo o delegado Napoleão, que é diretor da 19ª Seccional Urbana de Itaituba, o acusado confessou o crime. Em depoimento, Regelin alegou que, na noite das mortes, por volta de 23 horas, teria flagrado em casa um homem moreno, cujo nome afirma desconhecer, vestido apenas de shorts, ao lado da esposa, que estava seminua. Ele então pegou uma espingarda calibre 12, que trazia consigo, e seguiu em direção aos dois.
 
A mãe de Cynthia, Osmarina, ao perceber que ele poderia matar a filha, teria se armado com uma faca e uma vassoura, para tentar impedir o crime, mas foi alvejada com um tiro. Depois de matar a sogra, conforme o acusado, ele disparou duas vezes contra Cynthia, atingindo-lhe o rosto, que ficou desfigurado, e o abdome. O suposto amante fugiu. Familiares das vítimas estiveram na seccional, onde, revoltados, tentaram agredir o acusado, mas foram impedidos pelos policiais. Após prestar o depoimento, o preso foi recolhido no presídio regional de Itaituba à disposição da Justiça.

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